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Indicações de Safenectomia:

A indicação cirúrgica para varizes da veia safena magna ou parva (grande e pequena safena) não se baseia unicamente na presença de refluxo venoso patológico, mas também na existência de dilatação significativa do vaso, evidenciada pela ultrassonografia com Doppler e Fleboscopia. O refluxo é um critério importante de insuficiência venosa, porém somente justifica conduta cirúrgica quando provoca dilatação da veia para calibres iguais ou superiores a 10 mm para safenas magnas ou 7mm para safenas parvas. Safenas internas (magna) ou externas (parva) com diâmetro abaixo desse limite são vasos anatomicamente valiosos, e sua preservação é estratégica, pois podem ser utilizados futuramente em cirurgias de revascularização do miocárdio — as conhecidas “pontes de safena” —, potencialmente salvando a vida do paciente.

Critérios usuais na prática clínica e nas diretrizes:

Veia safena magna (VSM):
	Diâmetro ≥ 10 mm com refluxo: indica insuficiência importante, comumente justifica tratamento cirúrgico.

Veia safena parva (VSP):
	Diâmetro ≥ 7 mm: representa insuficiência significativa da parva.

O que define a indicação cirúrgica:
	1.	Refluxo venoso > 0,5 segundos detectado em veia safena magna ou parva.
	2.	Sintomas clínicos associados: dor, peso, edema, alterações tróficas ou presença de úlcera venosa.
	3.	Dilatação venosa importante (idealmente ≥ 10 mm para magnas e 7mm para parvas), o que demonstra repercussão funcional do refluxo.
	4.	Classificação CEAP ≥ C2/C3, indicando varizes visíveis com impacto clínico.

Resumo prático:
	O refluxo é fundamental para o diagnóstico de insuficiência venosa, mas só deve indicar cirurgia se provocar dilatação ≥ 10 mm para magnas e 7mm para parvas.
	Veias safenas menores que esse valor devem ser preservadas sempre que possível, pela possibilidade de uso como enxerto em pontes de safena no futuro.
	A conduta cirúrgica deve sempre balancear a gravidade clínica atual e a utilidade potencial futura da veia para procedimentos cardiovasculares.